O Viaduto Caramuru foi construído em 1925 com o objetivo de ligar as ruas Dom Fernando e Francisco Araújo e servir de passagem para o bonde, que então circulava em direção à Cidade Alta. Dizem que o bonde, entretanto, nunca chegou a atravessar o viaduto, ou porque temiam que ele não agüentasse o peso ou porque o bonde não era capaz de fazer a curva que ligava as ruas ao viaduto.
Logo abaixo se encontra a Rua Caramuru, local histórico, onde teria ocorrido uma batalha contra holandeses que tentavam invadir a ilha em 1640, pois naquela época a ladeira levava ao Porto dos Padres, utilizado pelos freis do Convento de São Francisco.
O nome do viaduto, e da rua sob ele, foi dado em homenagem aos Caramurus, membros da Irmandade de São Benedito do Convento de São Francisco, que foi extinta no início do século XX. O nome surgiu a partir de conflitos com os irmãos de outra irmandade do mesmo santo, situada na Igreja do Rosário, que receberam o nome de Peroás.
Durante a década de 1930, algumas casas que ficavam próximas ao viaduto foram derrubadas para o alargamento da rua Caramuru e o viaduto, situado próximo também da Igreja de São Gonçalo, foi reformado durante as décadas seguintes.
Para quem vem do Parque Moscoso, o viaduto é praticamente o portal para a Cidade Alta. Sua beleza é indiscutível. Ás vezes penso como seria se o antigo bondinho voltasse a circular ao menos na Cidade Alta, não digo nos dias de semana, até porque se torna praticamente inviável. Mas imaginem se funcionasse aos sábados e domingos, seria uma ótima forma de fazer um turismo diferente pelo Centro. Uma réplica perfeita do bondinho, com direito a guia a caráter e música da época! Não seria o máximo?
Abraços,
Sarah Vianna